
JARDIM, Leandro. Todas as vozes cantam. Rio: 7 Letras, 2008. 91p. (http://florespragasesementes.blogspot.com/)
Do livro de poemas do Leandro me chamaram a atenção vários.
Na pg 9 o “Presente do Subjetivo” é um bom poema, “sou meio esponja meio pilha alcalina”.
Um quase infanto-juvenil na pg 18: Joaninhas de Copacabana/ não lhes digo mentira / se eu fosse menina / também me chamava Joaninha. O currículo na pg 23 é bem Leminski: “Logo canso,/ meia-volta,/ vai ver,/ me manco”.
Um tema comum na vida e pouco visitado na escrita é o das eternas discussões, em todos os lugares. “Já eu, sei o que é bom/ aos outros combato com opinião.” Lembra Ortega y Gasset dizendo que a opinião é o avesso da cultura. “Controversos – p62-63”.
O poema “Alheio” p65 afirma precisar da leitura, uma obviedade que poucos escritores confessam. “Por isso escrevo, /pois alguém pode ler depois”.
Na pg 69, “O Letrista Novo” pergunta se gostar de um poema “É amar cada linha./ ou a marca de um pedaço?”
Para mim é a segunda alternativa!